CORTE E COSTURA |2017 / 2019|

Inicio puxando a linha contida na casca do ovo e a ofereço a uma das pessoas presentes na sala para que a enfie na agulha. Faço uma costura marcando a região pélvica (na altura da cicatriz da minha cesárea). Quando esse pedaço de linha está próximo do fim, convido outra pessoa a cortá-la, de modo que se separe do meu corpo. Essa mesma ação é repetida até que toda a linha presente dentro do ovo termine. A duração foi, aproximadamente, de 1 hora e meia.

Ação realizada na abertura da mostra coletiva, REBENTO, no Espaço MarciaXClayton – RJ (2017)

o que respira entre o corte e o rompimento?

corte e costura, 2017 fotografia©Marcelo Hallit

corte e costura, 2017 fotografia©Alexandre Antunes

corte e costura, 2017 fotografia©Marcelo Hallit

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Um percurso.

Ciclos permeados de intervalos entre suturas, cortes e rompimentos.

Costurando entre o espaço e o tempo.

Em movimento circular pelo espaço, começo a desenrolar o fio de um novelo. Sigo da escada até a sala da exposição em que deixo o condensado. Volto, refaço o caminho. Agora, ao encontro da ponta, inicio o gesto que acompanha todo o percurso: recolho o fio e o costuro na cicatriz do vestido, marca da ação de 2017, corto. Costuro. Sigo a trama do fio, reencontro o novelo. Corto, e o deixo. De novo.

A duração foi, aproximadamente, de 2 horas.

Encerramento da exposição "Quando nascer (ou morrer) não é uma escolha", no Espaço Cultural Correios Niterói (2019)